Nos últimos anos, a abrangência do uso da tecnologia estendeu-se a todos os sectores. O estacionamento de veículos acompanhou esta tendência, com um claro incremento da utilização de aplicações para pagamento do estacionamento.
O funcionamento dos ecossistemas de estacionamento é, em muitas circunstâncias, visto como estanque e intrinsecamente ligado aos automóveis e condutores, sendo o estacionamento considerado como apenas um passo no processo. Contudo, a tecnologia tem vindo a demonstrar, nos últimos anos, que equacionar este ecossistema tem o seu ponto de partida na inovação e na sustentabilidade das cidades, assim como na perspetiva de simplificação de processos para os utilizadores.
Nesta ótica, a tecnologia aplicada ao estacionamento vai bem mais além dos parques cobertos com cobrança em máquinas de pagamento automático, ou com elevadores de transporte dos veículos para incrementar o espaço disponível para estacionar. Prevê-se atualmente que a massificação do uso da tecnologia irá chegar aos processos de pagamento de estacionamento e que os parquímetros físicos poderão, simplesmente, deixar de existir. Um recente estudo na Finlândia 1 revela que as grandes cidades estão, aos poucos, a eliminar a existência de parquímetros físicos dado o incremento do uso de aplicações de estacionamento. E se tal acontece nos grandes meios urbanos, em breve, será uma tendência generalizada.
No mesmo sentido movimenta-se o Reino Unido 2 , onde o governo se prepara para lançar uma infraestrutura nacional de pagamentos de estacionamento online. Nesta estarão disponíveis todas as aplicações existentes no país para o pagamento do estacionamento, sendo competência do utilizador selecionar a que melhor se adequa aos seus hábitos de consumo. Esta situação deixa na mão do utilizador a escolha a realizar, ao mesmo tempo que permite às diferentes aplicações estar em pé de igualdade na sua oferta de serviços. Uma clara vantagem para o utilizador que não apenas toma a decisão que considera adequada às suas necessidades e que, simultaneamente, não terá que se preocupar se a sua aplicação está disponível em determinada cidade, nem em utilizar pagamentos físicos.
Esta realidade tecnológica apresenta-se ao consumidor como um mercado aberto, quer em termos económicos, quer em termos de desenvolvimento do ecossistema. Contudo, o caso de Portugal está, ainda, bastante distante dos seus congéneres europeus. No caso português, o número de aplicações que podem operar na cidade de Lisboa é ilimitado –
Comments