A exposição "Interrupções e Continuidades na coleção da CM de Matosinhos, décadas 30 a 50" está patente até 17 de setembro, no Museu Quinta de Santiago
Encontra-se patente até 17 de setembro, no Museu Quinta de Santiago, em Matosinhos, a exposição “Interrupções e Continuidades na coleção da Câmara Municipal de Matosinhos, décadas 30 a 50″, resultado de um projeto pedagógico da autarquia matosinhense em parceria com o Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP).
Desenvolvido e coordenado pelos docentes Rui Maia e Hugo Barreira em colaboração com a Diretora do Museu Quinta de Santiago, Cláudia Almeida e restante equipa, o projeto partiu do desafio lançado pela autarquia aos estudantes do 3.º ano da Licenciatura em História da Arte da FLUP, e visava permitir um maior contacto e valorização das obras que integram a sua Coleção de Arte.
A premissa inicial focou-se na dinamização dos acervos artísticos e dos agentes culturais locais, numa dinâmica de articulação entre a Academia e as Comunidades, para a potencialização da experiência didático-pedagógica em torno das práticas artísticas contemporâneas, através de uma ação na linha metodológica de learning-by-doing em que os estudantes seriam confrontados com as obras do acervo no contexto da sua aprendizagem.
Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara destaca o “enriquecimento do conhecimento sobre o acervo artístico, arquivístico e documental, no que diz respeito às décadas de 30 a 50 do século XX, atravessando, através da coleção de arte da Câmara Municipal de Matosinhos, as propostas do naturalismo até à grande aventura do modernismo, concluindo no núcleo de obras do neorrealismo, que muito orgulha e representa esta instituição.”
Palavras que se refletem numa exposição que reúne um espólio artístico, documental e vídeo da autarquia, em que nomes incontornáveis da coleção e da história de arte portuguesa, como Augusto Gomes, Joaquim Lopes, Agostinho Salgado, entre outros, criam esse percurso narrativo entre as interrupções e continuidades que caracterizam as teorias e práticas artísticas de início até meados do século XX.
Fernando Rocha, Vereador do Pelouro da Cultura reforça que “tanto a exposição como a publicação que agora se edita, é mais um reflexo da aposta em promover um contexto teórico e um enquadramento histórico, com base científica, que muitas vezes escasseiam nas coleções municipais”.
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