O PSD de Matosinhos sugeriu, em comunicado, a paragem da obra de extensão do quebra-mar do porto de Leixões, que já vai próximo do terço de execução, alegando que "já são visíveis os primeiros sinais negativos" da infraestrutura
Fonte: Porto Canal
No comunicado consultado esta sexta-feira, dia 7 de julho, pela Lusa, o vereador do PSD Bruno Pereira sugere "parar a obra enquanto é tempo", alegando que as "previsões a médio/longo prazo, em tempo de incertezas no comércio mundial, indiciam que este projeto pode ser uma aposta perdida".
De acordo com o também presidente do PSD/Matosinhos, "já são visíveis os primeiros sinais negativos" da obra, cuja execução está perto dos 100 metros de um total de 300, referindo-se à "deterioração da qualidade de água, do ar e solos", à "alteração morfológica da praia", à "redução da agitação marítima" ou ao "aumento da erosão das praias a sul de Leixões".
Segundo fonte oficial da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), atualmente a obra de extensão do quebra-mar encontra-se próxima dos 80 metros de extensão à superfície, existindo mais avanços na parte que ainda está submersa.
Bruno Pereira aponta ainda ao aumento dos níveis de ruído e do tráfego rodoviário, mostrando-se também preocupado com o "excesso de contentorização" do porto.
O responsável do PSD aponta ainda à presidente da câmara, Luísa Salgueiro (PS), referindo que a Câmara Municipal tem assumido uma "posição de complacência" perante a construção do quebra-mar, pelo que a autarca "terá que ser responsabilizada pelo seu silêncio comprometedor junto do Governo e da APDL".
Segundo Bruno Pereira, a autarquia não está a mostrar-se "preocupada com o futuro do concelho", dizendo que a obra "irá ter consequências gravosas no ambiente, na preservação das praias, nos desportos náuticos, na restauração e comercio local, turismo, indústria da pesca e ainda na habitação".
No final do ano passado, o antigo presidente da APDL, Nuno Araújo, disse à Lusa que a obra do quebra-mar iria custar mais 54 milhões de euros face ao inicialmente previsto, 131 milhões de euros. A conclusão da empreitada está prevista para final do ano.
Comentarios