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Matosinhos suspende o Plano Diretor Municipal para construção de centro tecnológico

A Câmara Municipal de Matosinhos suspendeu parcialmente, por dois anos, o Plano Diretor Municipal (PDM) para permitir a construção do centro de inovação tecnológica "Fuse Valley"



"A proposta de suspensão do plano revela-se, assim, imprescindível, caso contrário, inviabilizar-se-á a realização de um empreendimento de relevante importância para o concelho", refere a autarquia, liderada pela socialista Luísa Salgueiro.

Este empreendimento vai criar 12 mil postos de trabalho qualificado no setor terciário e das tecnologias de informação, reforçando as perspetivas de desenvolvimento económico do concelho, adianta.

Segundo a Câmara, a "significativa" criação de emprego contribui para a eventual fixação de novos residentes.

Além disso, o projeto concretiza, através de investimento privado, a requalificação do nó do Chantre - entrada no concelho de Matosinhos a partir do centro da Maia - e promove novos acessos da Estrada Nacional 13 (EN13) à malha urbana municipal.

A isto acresce que, através das cedências previstas no projeto para áreas destinadas a espaços verdes de utilização coletiva (cerca de 4,5 hectares nas margens do rio Leça), faz-se o enquadramento e conexão do Parque da Paz e do Corredor Verde do Leça (ciclovia) com o território envolvente.

A autarquia sustenta que o projeto já foi objeto de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) favorável.

"Pelo exposto, verificam-se circunstâncias excecionais resultantes de alteração significativa da perspetiva de desenvolvimento económico e social local, incompatível com a concretização das opções estabelecidas no plano, razões do foro de erro processual administrativo que se considera não devem impedir a viabilidade desta operação urbanística, que se afigura de importância fundamental para a transformação económica e social do território", frisa.

Em causa está a construção do centro de inovação tecnológica "Fuse Valley", em Leça do Balio, Matosinhos, no distrito do Porto, com 140 mil metros quadrados, dos quais 60 mil serão ocupados pela Farfetch (plataforma de moda de luxo), segundo informação na página oficial de internet da câmara municipal.

O restante espaço ficará sob o domínio do Castro Group (empresa de promoção imobiliária) e será ocupado por edifícios de escritórios e serviços, um hotel com 75 quatros, 42 apartamentos, um anfiteatro ao ar livre, entre outras valências.

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