top of page

Mulheres portuguesas só ganham mais que os homens em 6 profissões

Educadora de infância e professora do primeiro ciclo são dois dos exemplos



A disparidade salarial entre homens e mulheres continua a ser um facto, embora os números mostrem que o problema tem vindo a reduzir-se progressivamente com o tempo, nomeadamente quando se analisam profissionais licenciados com o mesmo nível de formação académica. Segundo dados da Fundação José Neves, com base no Insight da sua plataforma Brighter Future, “em 2020 [últimos dados disponíveis], o salário médio dos homens licenciados foi de 2211€, um valor 36% superior ao salário médio das mulheres com licenciatura (1629€). No ano de 2010, a diferença era de aproximadamente 42%”.

A melhoria da situação aconteceu sobretudo nos últimos anos, graças “ao crescimento mais acentuado do salário médio das mulheres licenciadas no período pós-crise financeira. Entre 2017 e 2020, este crescimento foi de 2,8% para os homens e de 5,4% para as mulheres”.

Por outro lado, este parece ser um problema com um caráter geracional, uma vez que entre as pessoas que entraram mais recentemente no mercado de trabalho a diferença é menos do que a média. “No caso dos trabalhadores mais jovens, entre os 25 e 34 anos, os homens licenciados também auferiram, em 2020, um salário superior ao das mulheres com o mesmo nível de escolaridade. Contudo, a diferença salarial foi de 19%, um valor bastante inferior ao verificado nas faixas etárias mais elevadas”, revela a fundação.

Mas há depois disparidades consoante as profissões. O estudo analisou 129 categorias profissionais, sendo que só em seis destas uma mulher licenciada ganhar em média mais do que um homem licenciado. São estas: Professores do ensino básico (1º ciclo); Educadores de infância; Realizadores, encenadores e produtores de cinema, teatro, televisão e rádio; Técnicos em redes, sistemas de computadores e Web; Biólogos, botânicos, zoólogos e especialistas relacionados; e Especialistas do trabalho social.

Os dados permitem também aferir as áreas com maior disparidade salarial, com prejuízo para as mulheres. Existem cinco profissões onde a disparidade salarial entre homens e mulheres foi superior a 50%, ou seja, o salário médio auferido pelos homens licenciados foi 1,5 vezes superior ao salário médio das mulheres com a mesma escolaridade: Treinadores, instrutores e árbitros de desportos; Chefes de cozinha; Diretores gerais e gestores executivos de empresas; Filósofos, historiadores e especialistas de ciências políticas; e Diretores das indústrias de construção e de engenharia civil.

bottom of page