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Arqueologia vai à escola

Projeto com 12 anos levou a arqueologia a 1524 alunos das escolas de Matosinhos no último ano


“Os arqueólogos leem o interior da terra como se estivessem a ler um livro, página por página, camadinha por camadinha. E é dessa forma que vamos reconstruindo a história”, explicou um dos técnicos inseridos no “Arqueologia vai à Escola” aos alunos de uma turma do 4º ano da escola básica da Praia de Angeiras na passada sexta-feira, numa das ações desenvolvidas no âmbito deste projeto da Câmara de Matosinhos e dos seus serviços educativos que há 12 anos levam a arqueologia às escolas do concelho. Divulgar a história do concelho, com o objetivo de desenvolver o sentimento de pertença e identidade, contribuindo para o aumento do sentido de preservação e divulgação do património é um dos principais desígnios destas sessões pedagógicas sobre o património histórico e arqueológico do concelho. Em Lavra, na escola da Praia de Angeiras, foi uma semana diferente para os alunos de quatro turmas do 1º ciclo que acolheram sessões deste projeto e ficaram a saber mais sobre a história e o património local da sua região, conjugando os objetivos curriculares da disciplina de Estudo do Meio e os objetivos do Museu da Memória de Matosinhos de fornecer aos alunos os registos de identidade e a criação de laços afetivos com o património local. Os alunos tomaram conhecimento da vila romana presente em Lavra e visualizaram uma maquete com a vila romana de outrora. Familiarizaram-se com a existência, entre outros, da “Casa Grande”, dos fragmentos de mosaicos romanos encontrados, dos tanques romanos, do cemitério (descoberto em 2021), das sepulturas, das louças e de vários outros achados arqueológicos. Recorde-se que alguns destes podem ser vistos no MuMMa – Museu da Memória de Matosinhos. As crianças puderam também “viajar” um pouco pelos locais das escavações arqueológicas. Foram visualizados vídeos sobre as escavações e os vestígios arqueológicos com registo de várias imagens do local, nomeadamente de drones. Depois da aula teórica, onde também aprenderam quem foi Joaquim Neves dos Santos (industrial, arqueólogo e etnógrafo), os alunos fizeram uma atividade prática de construção de mosaicos. Observaram alguns materiais da época e aprenderam um pouco mais sobre as cores e alguns conceitos relacionados com o tema. A construção final ficou na escola para memória futura. Refira-se que o “Arqueologia vai à Escola” registou no último ano 74 sessões e 1524 participantes, entre professores e alunos com idades entre os 7 e os 18 anos. Para poderem ter acesso às sessões do “Arqueologia vai à Escola” as escolas devem enviar um email para o mumma@cm-matosinhos.pt e proceder à marcação das ações. Também é possível o agendamento de visitas guiadas a locais do património histórico de Matosinhos. Para além das escolas, o projeto de arqueologia da Câmara de Matosinhos promove também sessões de arqueologia intergeracionais, estando já uma agendada para abril deste ano, na Biblioteca Padre Silva Lopes, situada no Centro Social e Paroquial Padre Ramos, em Lavra.

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