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Empresas da Via Norte pedem ao Governo reativação da Linha de Leixões

Várias empresas localizadas na Via Norte, troço que atravessa os concelhos do Porto, Maia e Matosinhos, enviaram uma carta aberta ao ministro das Infraestruturas pedindo a reativação da Linha de Leixões, potenciando também ligações à rede de metro



Numa carta a que a Lusa teve hoje acesso enviada ao ministro das Infraestruturas, João Galamba, os representantes das empresas que se localizam naquele troço da Estrada Nacional 13 (EN13), incluindo as mais de 100 no Lionesa Business Hub, pedem "um plano de ação relativo à reativação do transporte de passageiros na Linha ferroviária de Leixões". "A implementação de um sistema de transporte regular de passageiros na Linha de Leixões é um tema de grande importância para este grupo de empresas" que, referem, operam numa zona que "continua a ser uma das mais dinâmicas do país, empregando mais de 15.000 pessoas". Segundo as empresas, o dinamismo da zona "é atualmente apoiado por infraestruturas que ligam o Porto de Leixões [em Matosinhos] à Estação Ferroviária de Contumil [no Porto]", mas que funcionam apenas para mercadorias. Argumentando tanto com a questão das acessibilidades como com a ambiental, as empresas apontam à "redução de emissões de CO2 [dióxido de carbono] provocada pela elevada circulação de viaturas automóveis utilizadas para deslocações diárias". "Esta proposta de investimento tem em conta as preocupações de sustentabilidade, quer ambientais, quer económicas, ao poder ser realizada por menos de um quarto do custo de uma linha de metro equivalente", referem as empresas. A missiva, além de assinada pelo presidente executivo da Lionesa, foi também assinada pelos representantes da CIN, Makro, Efacec, Pemel, Famotor, Petibol, Schmitt ELevadores, Super Bock Group, Sonae, AJ Pinto e Silva e AJ Pinto II -- Distribuição, AJP Transportes e H. Portugal - Produtos Técnicos, Garantia das Quintas e Infesta - Serviços Técnicos. Para as empresas, "urge a adaptação de infraestruturas, já existentes, que permita iniciar uma linha em Campanhã, passando a 200 metros do Hospital de São João, percorrendo toda a corda urbana e industrial de Matosinhos, cruzando o eixo da Via Norte". "Esta interseção da Via Norte irá permitir a articulação com as linhas B e C do Metro do Porto, culminando numa infraestrutura central para todo o Noroeste Peninsular", apontam. As empresas salientam ainda que a abertura deste percurso "abre possibilidade, dada a proximidade geográfica, de se poder concretizar uma conexão com a linha de metro que serve o Aeroporto Francisco Sá Carneiro". "Acreditamos que esta aposta contribuirá também para a redução da pressão sobre outros transportes públicos do Grande Porto, bem como irá promover a competitividade do transporte público, ampliar a conectividade entre concelhos contíguos e ainda aumentar a complementaridade entre o sistema ferroviário ligeiro e pesado", referem na carta aberta. As empresas pedem, assim, a intervenção do ministro "para desenvolver e executar uma solução de mobilidade integrada, não poluente, de matriz multimodal, capaz de interligar os vários polos que abrangem os municípios da região". A carta aberta foi também enviada com o conhecimento dos presidentes das câmaras do Porto, da Maia e de Matosinhos, ao presidente do Conselho Metropolitano do Porto e da Associação Empresarial de Portugal (AEP).

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