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Laboratório vai criar roteiro com estratégias para valorizar coprodutos marinhos

O Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (B2E), sediado em Matosinhos, vai desenvolver um roteiro estratégico com recomendações para a valorização dos coprodutos de origem marinha em Portugal.

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Em declarações à agência Lusa, a coordenadora executiva do B2E Colab, Maria Coelho, afirmou que o projeto Roadmap4MarineCoproducts – Rumo ao Futuro na Valorização de Recursos Marinhos "é o primeiro passo para desenhar o roteiro estratégico para o setor".

O projeto Roadmap4MarineCoproducts permitiu aos investigadores, ao longo deste ano, partilharem práticas sustentáveis e tecnologias inovadoras com os parceiros noruegueses e islandeses, e as suas redes de associados que totalizam quase 200 entidades.

"Nós tivemos uma experiência tão interessante com os parceiros que o que vamos tentar fazer é candidatarmo-nos a um projeto europeu de maior dimensão para podermos dar continuidade de forma mais robusta a este esforço", referiu.

"Este roteiro com recomendações estratégicas e de potenciais parcerias no âmbito da valorização é um trabalho minucioso que requer recolha e análise de informação", salientou Maria Coelho, acrescentando que esta será uma "ferramenta galvanizadora para o setor".

Neste momento, o laboratório está a fazer um levantamento junto do Instituto Nacional de Estatística (INE) das entidades do setor, respetivas regiões do país, volume de exportações, tipologias de coprodutos.

Ao mesmo tempo, os investigadores estão no terreno a auscultar os geradores e transformadores de coprodutos.

À Lusa, Maria Coelho destacou a necessidade de se "apoiar a transição para uma economia circular com zero desperdício e 100% de aproveitamento da matéria-prima", neste caso, dos coprodutos de origem marinha.

"Temos bons exemplos dos parceiros da Noruega e Islândia de que se pode dar mais um passo. A Islândia começou esta aposta no final dos anos 1980, mostra-nos que Portugal ainda tem algum caminho por fazer, mas já não estamos nos anos 1980. Temos uma capacitação tecnológica e de recursos humanos muito boa em Portugal, o que falta é uma sensibilização de quem pode operacionalizar esta inovação", observou.

Entre as diferentes aplicações, a coordenadora do B2E destacou a possibilidade de "fazer couro com pele de peixe" ou usar o Ómega3 e colagénio para a área cosmética. "Falta uma aposta forte na concretização desta valorização", concluiu.


Fonte : Lusa

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