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MuMMa em festa

Aniversário com atividades para toda a família

O MuMMa – Museu da Memória de Matosinhos celebrou, no fim de semana de 26 e 27 de agosto, o seu 1.º aniversário, com um programa especial cheio de atividades para toda a família e de entrada livre. Exposições, música, visitas orientadas, leituras encenadas, oficinas lúdico-pedagógicas, registos de memórias na primeira pessoa, foram algumas das atividades previstas. Instalado no Palacete Visconde de Trevões, edifício de inícios do século XX, que faz parte da memória coletiva de gerações de matosinhenses, o Museu da Memória de Matosinhos tem por missão valorizar a memória histórica e patrimonial do território, cruzando-a com as memórias individuais dos seus habitantes. Inaugurada a exposição “Matosinhos Lugar e Memória”, que apresentou uma seleção de fotografias da autoria do prestigiado fotógrafo italiano Gabriele Basilico (1944-2013), pertencente ao acervo da autarquia. As paisagens urbana e industrial captadas por Basilico no projeto “Umas Cidades Assim” (1996) foram retratadas no tempo presente por Nuno Leal. Mais de 25 anos separam as imagens e é possível constatar a transformação de Matosinhos. A cerimónia de inauguração contou com a presença da presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, da presidente da Assembleia Municipal, Palmira Macedo, do Vice-presidente da autarquia, Carlos Mouta, e dos vereadores Fernando Rocha, Marta Pontes e Vasco Pinho. O vereador da Cultura, Fernando Rocha, lembrou que, há um ano, as circunstâncias da abertura do MuMMa foram condicionadas pela pandemia, adiantando, no entanto, que, em menos de um ano, mais de 12 mil visitantes passaram pelo espaço e cerca de 200 visitas guiadas foram realizadas. “Sentimos a necessidade de fixar a memória de Matosinhos num espaço. Basta visitar este edifício para percebermos a quantidade de gerações que por aqui passaram e as histórias que aqui foram vividas. Queremos continuar a fazer o registo das memórias. Queremos continuar a ter um museu vivo, com pessoas e para pessoas”, afirmou Fernando Rocha. Por sua vez, a presidente da Câmara de Matosinhos sublinhou “a ligação da comunidade matosinhense a este edifício”. “Havia muita curiosidade em relação ao que aqui estávamos a fazer. Para nós, o mais importante é o retorno que temos. Os testemunhos aqui registados mostram bem a relação entre o passado e o futuro, assente nas novas tecnologias. Esta exposição simboliza isso mesmo: o que era Matosinhos e a sua transformação naquilo que é hoje”, disse Luísa Salgueiro. À noite, foi a vez da artista matosinhense Marta Ren atuar no varandim do 1º andar do MuMMa. Um dos grandes nomes da música portuguesa, com uma força e estilo inconfundíveis, ao nível das grandes vocalistas negras da soul e do funk, Marta Ren tem sido aclamada em festivais e salas de espetáculos de toda a Europa. Da programação para o segundo dia, destaque para uma nova visita temática – Fragmentos da História, centrada em tesouros arqueológicos milenares ou seculares, testemunhos das origens e evolução das comunidades que ocuparam o atual território de Matosinhos, ao longo da história. Também houve uma sessão especial do projeto “Salvé a Língua de Camões”, com a leitura encenada "Damas em Xeque”, do dramaturgo brasileiro Fábio Brandi Torres. Considerou-se uma oportunidade para os visitantes descobrirem os segredos e memórias deste palacete, bem como as suas vivências em Portugal e no Brasil, onde granjeou uma fortuna colossal, que em parte colocou à disposição das comunidades de Matosinhos e de S. João da Pesqueira.

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