O estudo mostra que a sensibilização dos portugueses para questões de cibersegurança e privacidade online continua a piorar.
Os Portugueses ocupam o 5.º lugar no ranking mundial em termos de conhecimentos de cibersegurança e privacidade na internet, de acordo com um novo estudo da empresa de cibersegurança NordVPN.
O Teste Nacional de Privacidade (TNP) é um inquérito global feito todos os anos para avaliar a consciência das pessoas em matéria de cibersegurança e privacidade online, e educar o público em geral sobre as ciberameaças e a importância da segurança dos dados e da informação na era digital. Este ano, foram recebidas 25 567 respostas de 181 países.
"À medida que o panorama das ameaças digitais evolui mais rapidamente do que nunca, é importante que os utilizadores da internet compreendam o quanto é necessário proteger as suas informações pessoais. O Teste Nacional de Privacidade assume a responsabilidade de educar as pessoas sobre ciberameaças à escala planetária e de dar dicas essenciais que ajudem os participantes a proteger-se contra fraudes, a recolha de dados, a vigilância e outros perigos online”, diz Marijus Briedis, diretor de tecnologia (CTO) da NordVPN.
A Singapura (62/100), a Finlândia e Lituânia (61/100) e a Alemanha e Estados Unidos (60/100) são os países que conquistaram os três primeiros lugares na sensibilização para a privacidade na internet e a cibersegurança.
No entanto, os resultados deste ano mostraram que a sensibilização para a cibersegurança e a privacidade online em termos globais mostra uma tendência de queda nos últimos anos.
Os Portugueses sabem criar palavras-passe fortes, mas chumbam em questões de privacidade relacionadas com a IA.
Os resultados do teste mostraram que os Portugueses sabem como lidar com ofertas de serviços de streaming suspeitas e como criar palavras-passe fortes (97% em cada). Também sabem que permissões devem conceder às diferentes aplicações (95%) e estão cientes dos riscos de se guardar os dados dos cartões de crédito nos navegadores (92%) ou que informações confidenciais se deve evitar partilhar nas redes sociais (90%).
No entanto, apenas 8% dos Portugueses têm conhecimento das questões de privacidade a ter em conta ao utilizar a IA para trabalhar, e apenas 17% sabem que dados os provedores de internet (ISP) recolhem nos metadados. Além disso, os Portugueses desconhecem maioritariamente como proteger a sua rede Wi-Fi doméstica (20% de respostas certas), considerando-a provavelmente segura à partida. Por último, apenas um em cada quatro Portugueses sabe onde guardar as palavras-passe em segurança – por exemplo, em serviços de gestão de palavras-passe ou ferramentas de proteção da privacidade digital.
Em comparação com 2023, há menos Portugueses que compreendem os benefícios de segurança de se atualizar as aplicações assim que houver atualizações disponíveis. Enquanto, em 2023, 72% disseram que fazem as atualizações de imediato, este ano a percentagem é de apenas 59%. Também menos 7% das pessoas sabe identificar um site de phishing. Em compensação, mais Portugueses sabem o que fazer quando um hacker pede um resgate em dinheiro (64% em 2023 vs. 74% em 2024).
Medidas para aumentar a segurança e a privacidade online
Marijus Briedis, da NordVPN, sugere uma série de passos que as pessoas podem tomar para melhorar a sua privacidade e segurança online: Criar palavras-passe únicas e fortes; Ativar a autenticação multifator (MFA); Manter o software atualizado; Utilizar uma rede privada virtual (VPN); Verificar as definições de privacidade.; e informar-se sobre cibersegurança.
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