A Ryanair vai abrir 11 novas rotas no Porto, no próximo verão, incluindo também neste investimento, superior a 400 milhões de euros, a base em Faro, com oito novas ligações
Este reforço, que só é possível devido à redução das taxas aeroportuárias nos dois destinos, decidida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), vai permitir instalar, em ambas as bases da companhia, dois novos aviões e criar 120 postos de trabalho.
Assim, a partir do verão de 2023, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro vai passar a estar ligado a Bristol e Leeds (Inglaterra), Castellon (Espanha), Maastricht (Países Baixos), Nimes e Estrasburgo (França), Shannon (Irlanda), Estocolmo (Suécia), Trapani e Turim (Itália) e Varsóvia (Polónia).
A revelação foi feita pelo CEO do Grupo Ryanair, Michel O’Leary, durante uma conferência de imprensa, sublinhando que todo este investimento só é possível porque a ANAC decidiu descer as taxas aeroportuárias para o Porto e Faro. Pelo contrário, e porque em Lisboa e ilhas as taxas vão subir entre 7% e 12%, a companhia aérea não reforçará a operação nestes destinos.
"Estamos a responder diretamente, ao anunciar a abertura destas 19 novas rotas para o Porto e Faro no verão de 2023, à muito bem-vinda intervenção da ANAC, o regulador dos aeroportos português, que quebrou o monopólio da ANA – Aeroportos de Portugal, ao reduzir as taxas aeroportuárias no Porto e em Faro no próximo ano", sublinhou Michel O’Leary, citado pela Lusa, acrescentando: "Quando o regulador intervém para baixar as taxas aeroportuárias, há um investimento adicional imediato".
Para a abertura das novas rotas, a companhia aérea vai receber, no próximo ano, 51 novos aviões B737, que, segundo o CEO do grupo, são "mais silenciosos, mais eficientes no consumo de combustível e muito mais amigos do ambiente".
A decisão da Ryanair coincide com o anúncio da transportadora aérea nacional, que revelou 17 novas rotas, a partir de 2023. Nenhuma delas passará pelo Porto. O reforço de ligações transatlânticas inclui 10 voos para os Estados Unidos da América, seis para o Brasil e um para Caracas, todos eles realizados a partir de Lisboa.
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