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Entrevista a Gilberto Gonçalves

Gilberto Gonçalves tem 43 anos e desde sonhava em ser bombeiro. Aos 14 anos, ingressou no Corpo de Bombeiros de Valongo como cadete e progrediu na carreira, chegando em 2007 a adjunto de Comando. Em 2013 chegou para ser Comandante dos Bombeiros de São Mamede de Infesta, com o desafio de liderar uma casa desorganizada que estava com poucos recursos, pouco equipamento e poucos bombeiros. Hoje, tudo mudou e lidera 80 bombeiros. O NM esteve à conversa com Gilberto Gonçalves, e conheceu a história de quem dedicou mais de metade da sua vida a ajudar os outros.

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Porque é que decidiu juntar-se aos bombeiros?

Tentei inscrever-me no Corpo de Bombeiros da minha área de residência e nasceu o bichinho dos bombeiros. A partir daí, quem entra muito dificilmente sai.

O que é o que o motivou ser bombeiro durante tantos anos?

Eu sou Comandante voluntário, não tenho qualquer remuneração. Nada me faz sentir melhor do que poder simplesmente dar um apoio aos outros, isso já é suficiente para mim.

Quais são as principais responsabilidades como comandante?

O comandante gere a operação da ocorrência, é o responsável máximo. Só vai para o teatro de operações todas aquelas que justifiquem a sua presença.

Quais são as principais dificuldades que enfrenta?

É a falta de incentivos. É muito difícil conseguir segurar um bombeiro voluntário. Temos de piquete voluntários todas as noites e não têm um único incentivo, cerca de 40 fazem isto por amor à camisola.

Como se gere as emoções nos momentos mais complicados?

Temos uma formação intelectual e psicológica. Temos de conseguir criar forças internas para poder dar respostas.

Como estão organizados os Bombeiros Voluntários de São Mamede de Infesta?

Quando cá cheguei, nem sequer uma equipa tinha para sair com um carro de incêndio, tínhamos 11 profissionais. Neste momento temos 44 profissionais para garantir a rotatividade 24 horas.

O que é necessário para alguém se tornar bombeiro?

Antes de mais, robustez física e psicológica. E muita formação, para poder entrar, um bombeiro ronda as 500/600 horas de formação nas diversas áreas.

Qual a ocorrência que mais acontece?

É a emergência pré-hospitalar, a doença súbita, é 95% da nossa atividade e temos os acidentes de viação. O ano passado ocorremos a mais de 16 mil ocorrências.

Um apelo aos matosinhenses com a chegada do verão?

Manter as casas e redondezas com as matas limpas, perceber quais os caminhos de fuga e evitar situações de negligência como fogueiras que causam incêndios por causa do vento.

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