João Rosas regressa ao Padroense: "Máxima liberdade, máxima responsabilidade"
- Notícias de Matosinhos

- 7 de out.
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Aos 57 anos, João Rosas volta ao banco do Padroense Futebol Clube, o mesmo clube onde pendurou as chuteiras e onde, anos mais tarde, coordenou projetos de formação. Agora, assume o comando técnico da equipa sénior, trazendo consigo décadas de experiência, paixão e um lema que nunca o abandonou: "Máxima liberdade, máxima responsabilidade".
Natural da região e apaixonado pelo futebol desde jovem, Rosas viveu uma adolescência de sonho ao serviço do FC Porto, onde foi campeão nacional entre os 14 e os 18 anos. Embora a vida o tenha encaminhado para outras paragens — nomeadamente como oficial do exército e depois no setor imobiliário — o futebol nunca deixou de estar presente. Foi treinador, coordenador, consultor de atletas estrangeiros e até comentador. Sempre com o futebol como fio condutor.
“O futebol era um hobby, mas levado com a seriedade de uma paixão verdadeira”, afirma. E foi essa paixão que o fez aceitar o convite do Padroense, mesmo após alguns anos afastado do treino de campo. “Voltar só fazia sentido num projeto que me dissesse algo. E o Padroense reúne tudo: organização, ambição, formação e, claro, a ligação emocional.”
Depois da descida de divisão na época passada, Rosas traz consigo uma abordagem serena, mas ambiciosa. “Não interessa só prometer subir. Queremos crescer internamente, melhorar os processos, apostar no desenvolvimento dos atletas. E, com isso, sermos candidatos com mérito.”

Com uma carreira polivalente dentro e fora das quatro linhas, João Rosas é um homem que acredita nas energias, no planeamento e na liderança. A sua formação militar deu-lhe ferramentas únicas para liderar grupos, planear estratégias e incutir disciplina sem perder a empatia.
A ligação ao clube é profunda. "Terminei aqui a carreira como jogador e fui coordenador durante quatro anos. Voltar é como fechar um ciclo — ou talvez abrir um novo”, confessa.
O treinador recorda ainda um dos jogos mais marcantes da sua carreira, quando orientava o FC Foz: ao intervalo perdia por 4-0 e venceu 5-4. “Foi a prova de que tudo é possível até ao último minuto.”
Inspirado por nomes como José Mourinho, Sérgio Conceição e Guardiola, João Rosas não procura imitar, mas sim absorver o melhor de cada filosofia. “O que importa é entender o propósito: jogar bem e ganhar.”
A mensagem para os adeptos é clara: “Queremos casa cheia, queremos emoção, queremos jogos intensos. Já tivemos tardes memoráveis no nosso estádio. Acreditamos que podemos repetir isso. Com trabalho, com atitude… e com o apoio de todos.”
João Rosas está de volta. E com ele, regressa também a esperança de um Padroense mais forte, mais unido e mais ambicioso. O caminho faz-se passo a passo, mas o primeiro já está dado.





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