Fechar a Sete: Duas décadas de confiança e segurança
- Notícias de Matosinhos

- 22 de set.
- 3 min de leitura
Na emblemática Avenida Serpa Pinto, no coração de Matosinhos, encontramos o Fechar a Sete, uma casa de chaves que desde 2001 dedica-se a oferecer soluções de segurança. Ao longo dos anos, construiu uma reputação sólida pela confiança e qualidade, acompanhando a evolução tecnológica do setor sem nunca perder a proximidade com os clientes. Estivemos à conversa com Manuel Barros, mais conhecido por Barros, o homem que transformou a loja numa referência local.

Como começou no negócio?
Esta casa foi fundada em 2001 por um familiar meu, com mais dois sócios. Na altura estava emigrado na Suíça e, quando regressei, em 2006, convidaram-me para ajudar em alguns serviços, porque sabiam que eu tinha capacidade técnica. Acabei por me especializar na área dos automatismos e, pouco depois, entrei na empresa como proprietário.
Quais são os principais serviços que oferecem?
Fazemos chaves, comandos de garagem, chaves de carros, vendemos fechaduras e cofres. A nossa especialização são os automatismos: venda, montagem e assistência de portões de garagem. Trabalhamos com várias administrações de condomínios, tanto em fechaduras como em portões. No total, damos assistência a centenas de equipamentos.
Trabalham apenas em Matosinhos?Não. Onde o cliente precisar, nós vamos. Já realizámos serviços em Baião, Vila Real, Aveiro e até em Lisboa, onde fomos abrir um cofre. Claro que o preço não é o mesmo do que aqui, mas garantimos o trabalho. Também fazemos entrega de cofres e temos um serviço de piquete fora de horas: o cliente liga e, consoante a nossa disponibilidade, respondemos.
Não é invulgar ter cofres numa casa de chaves?
É relativamente comum, mas a variedade que oferecemos talvez não seja tão habitual.
E como lidam com os serviços de urgência?
Funciona quase como uma corrida. Muitas vezes o cliente liga para dois ou três sítios e o primeiro que chega faz o serviço. Isso é lamentável, porque desvaloriza a profissão. O cliente quer rapidez, o que é natural, mas nem sempre é possível.
Como vê a evolução da tecnologia na área?
É cada vez mais necessário acompanhar, porque a tecnologia avança a um ritmo enorme. Atualmente consigo, por exemplo, abrir a porta da loja remotamente: desligo o alarme, vejo o cliente pelas câmaras, ele leva o que precisa, deixa o dinheiro e vai embora. Nos automatismos passa-se o mesmo: já existem portões de garagem com Wi-Fi, que se abrem pelo telemóvel. Somos obrigados a acompanhar essa evolução.
O que diferencia esta casa das outras?
A qualidade do serviço. Preciso de sair de cada cliente com a consciência de que fiz um bom trabalho. Trabalhamos com a segurança das pessoas, e muitas vezes o cliente não tem noção da responsabilidade que isso implica. Uma porta, por muito boa que seja, se não estiver trancada, não é segura. Além disso, no mercado há materiais muito fracos — que eu não vendo. Só trabalho com qualidade. Quem procura apenas o preço mais baixo está no sítio errado.
A confiança do cliente é essencial?
Sem dúvida, embora não dependa só de nós. Somos um povo conservador e, por isso, quando entrevisto alguém para trabalhar comigo, tenho em atenção a postura e a forma como se apresenta. Afinal, entramos em casa de muitas pessoas e é fundamental transmitir confiança.
Quais são os principais desafios que enfrenta atualmente?
O maior desafio é lidar com o público. Há 15 anos o atendimento ao balcão era muito mais simples. Hoje é desgastante: as pessoas perderam valores e respeito, sentem que só têm direitos e esquecem os deveres. O mesmo acontece na prestação de serviços: já me aconteceu estar a trabalhar em casa de alguém e as pessoas passarem por mim como se fosse invisível. É preciso ter capacidade de encaixe. Felizmente também encontramos clientes que reconhecem o nosso trabalho e nos dão muito valor.
Qual é o segredo para manter esta casa durante tantos anos?
Profissionalismo, seriedade e cumprir com as obrigações — tanto perante a sociedade como perante o sócio maioritário, que é o Estado. É fundamental prestar um bom serviço, estar disponível e corresponder quando o cliente precisa.
Há planos para o futuro, como expansão ou novos serviços?
Expansão não, porque existe um problema comum em todo o país: a falta de mão de obra. Já tivemos quatro técnicos, mas é muito difícil encontrar pessoas disponíveis para aprender e evoluir na área. O nosso objetivo é continuar no caminho que temos seguido e acompanhar a evolução, sobretudo nas chaves de viaturas, que estão em constante mudança.











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