Pneus Pinto & Pinto: de Matosinhos para a estrada
- Notícias de Matosinhos
- há 1 hora
- 3 min de leitura
Em Matosinhos, na Avenida Avenida Villagarcia de Arosa, desde 2014 que a Pneus Pinto & Pinto oferece os melhores pneus semi-novos. O NM esteve à conversa com Hélder Pinto, engenheiro civil de profissão, há 11 anos na empresa, há cerca de três anos que lidera o negócio criado com o primo Filipe Pinto, pelo pai e pelo tio, que surgiu da importação de pneus usados.

Como começou o seu percurso e a criação da Pneus Pinto & Pinto?
A empresa surgiu a partir do negócio de transportes que o meu pai já tinha entre Portugal e Suíça. Muitos clientes traziam pneus da Alemanha, França, Suíça e Áustria e nós fazíamos o transporte. Comecei a comprar pneus para revender a oficinas e a procura foi crescendo. O meu pai sugeriu então criarmos o nosso próprio negócio. Com a contratação do Paulo tudo ficou mais fácil, com o esforço e dedicação à empresa, que até hoje estamos gratos. Na altura eu trabalhava como engenheiro civil e só vinha aos sábados. Ao fim de sete anos, o meu primo saiu e fiquei a gerir o negócio. Começámos com dois funcionários e hoje somos seis.
A empresa começou com pneus. Atualmente oferecem mais serviços?
Sim. Os pneus semi-novos continuam a ser o nosso forte. Somos importadores diretos e testamos todos os pneus. Temos também pneus novos e expandimos para a mecânica rápida: óleos, filtros, calços e discos de travão, amortecedores e alinhamentos 3D. Não fazemos reparações de motor, apenas manutenção periódica.
Quais são os principais desafios que enfrenta no setor?
Os maiores desafios são os clientes, a concorrência e os preços. É difícil fidelizar, porque a economia está frágil. Há quem não queira pneus chineses, mas procure semi-novos de marca, que custam metade de um novo. Além disso, as pessoas querem tudo muito rápido, como se mudássemos pneus ao estilo Fórmula 1 — o que não é possível. O nosso foco é que o cliente saia sempre satisfeito.
Como avalia a concorrência no vosso mercado?
Quando abrimos havia cinco empresas, agora restam duas. Os nossos concorrentes trabalham apenas com pneus novos, enquanto nós temos a vantagem dos semi-novos. A concorrência acaba por ser positiva porque nos obriga a comparar preços e a evoluir.
Porquê apostar com tanta força nos pneus usados?
Porque somos importadores diretos e garantimos qualidade. Trazemos dois a três mil pneus e cerca de 10% vai para o lixo. Temos uma máquina, vinda da Polónia, que testa cada pneu: verifica furos, bolhas, papos e desgaste irregular. Há empresas que vendem pneus usados sem testar, mas nós fazemos esse controlo rigoroso. No setor dos usados, aqui na zona, não temos praticamente concorrência.

Quais são os planos para o futuro da empresa?
Estamos a estudar novos serviços, mas a mão de obra é muito difícil de encontrar. Gostaria de abrir uma nova oficina, com mais espaço, mas talvez mais tarde. Para já, quero otimizar a oficina atual e contratar mais um funcionário para reduzir tempos de espera. O nosso objetivo é continuar a melhorar o serviço, manter a honestidade e o bom atendimento. Nos últimos dois anos temos feito menos publicidade porque os próprios clientes a fazem por nós, o que é um ótimo sinal de confiança. O futuro é uma incógnita, mas trabalhamos sempre para satisfazer todos os clientes — seja quem tiver um Fiat Uno ou um Porsche Carrera.







